quinta-feira, 16 de abril de 2009

Encosta a Moto ai

Você já teve que provar que não era um marginal? Então você não mora em Pelotas.
Aqui é assim, até que se prove o contrário a população é tratada com desconfiança e desrespeito.
Um simples farol queimado é motivo para ser tratado como se tivesse cometido um crime. “Desculpa seu guarda mas o farol fica na minha bunda e eu não enxerguei que estava queimado”, vontade não me faltou de falar assim. "Melhor não, posso ser presa por sinceridade".

A abordagem é sempre a mesma independente se você está indo pra casa ou se está fugindo da polícia. “Encosta a moto”. 'Boa noite' não precisa, esse casal de jovens deve ser traficante. "Não, não, somos apenas estudantes".
'Pra calçada'! “Mas eu não estou armada”.
- Documentos da moto
- "Estão aqui, em dia como sempre"!
- Tu trabalha?
- "Claro desde meus 15 anos".
- Faz o que??
- "Porra quer me contratar é"?

Depois de uma longa conversa e minutos de tensão finalmente o motivo pelo que fomos parados. O bendito farol. “Essa merda tem mal contato”.
'Dessa vez vai passa, vou só fazer uma notificação. Vê se arruma isso ai'.
"Ta bom seu guarda, obrigado por avisar. Há tem uma galera fumando craque na Bento, se der passa lá".

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Valores Invertidos



Este vídeo foi passado para os participantes da Pró Conferência Nacional de Comunicação em Porto Alegre no dia 22 de novembro de 2008.

O encontro reuniu pessoas preocupadas com a influência que a mídia tem sobre a vida das pessoas e com a falta de participação da sociedade na construção da comunicação.

Pedrinho Guareschi (PUCRS)falou sobre a realidade que em 80% é construída pela mídia.
Os fatos se não vinculados pela mídia deixam de existir.
"A mídia nunca discute a mídia", disse ele.
Para Guareschi educar é dar o problema para a sociedade discutir, e não a mídia dar a resposta do problema.

Osvaldo Biz (PUCRS)fez uma leitura critica da mídia dizendo que através da TV o mundo chega a população fragmentado, editado, sem ligações e antecedentes.
"O cidadão precisa fazer uma leitura crítica para entender a totalidade", afirma Osvaldo.
Ele cita ainda algumas características dos noticiosos: fragmentação, recursos técnicos e ideológicos, realce de fatos menores e esquecimento de fatos realmente importantes.

Maria Helena Weber (UFRGS) ressalta que o poder da mídia não é absoluto, por isso a importância da luta.

Celso Schroder (Fenaj/FNDC) diz que precisamos refletir sobre que tipos de atividades que queremos para o país.
“O momento é de ação”, afirma Celso.
Para ele a mídia não determina nada, ela é o resultado da sociedade.
Ele critica a mídia dizendo que esta se recusa a qualquer tipo de regulamentação pública se utilizando do discurso de “liberdade de expressão”.

O que está acontecendo? um grande movimento que tenta com muita luta forçar o governo abrir a discussão sobre a forma de comunicar-se.
O que se quer com isso? Maiores espaços para a educação e menos para o chamado "entretenimento" que torna nossa sociedade cada vez mais consumista e banal.
Chega de alienar a nossa gente. Juntos e instruídos podemos construir um Brasil bem melhor e menos desigual.

Esse encontro fortaleceu minha enorme vontade de lutar contra esse monopólio que agride a todos nós.

Abra a cabeça, conheça esse movimento que quer mudar a sociedade:
www.proconferencia.com.br
Visite também: www.crprs.org.br

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O Blog




Estou sentindo necessidade de escrever, vontade de expressar as tantas coisas que penso sobre o mundo em que vivemos. Meu olhar é crítico, muitas vezes indignado com as injustiças que nos rodeiam todos os dias.

Aqui desejo contar-lhes minhas experiências pessoais mas principalmente profissionais já que sou estudante de jornalismo e pretendo sempre prestar um bom serviço a sociedade, principalmente a mais necessitada que muitas vezes não encontra espaço na grande mídia e muito menos se vê representada por esses veículos que sabemos na maior parte das vezes só pensa no lucro.

Chega de apelos, de manipulações, de desrespeito, de banalização, de desumanidade com todos nós, seres humanos que queremos construir uma sociedade mais democrática.

Sim, depende de nós e eu vou morrer lutando por justiça e igualdade. Minha arma é a comunicação democrática construída por todos e não gerenciada apenas para vender muitas vezes o que não é verdade ou o que não é interesse público.

O que pretendo aqui é passar para todos o meu ponto de vista que pode estar certo ou não mas que acima de tudo é o que Eu penso.

ALVOROÇO é o que precisamos fazer para sermos escutados já que muitas vezes nos sentimos enfraquecidos e abafados pela “poderosa mídia”.

Cultura, violência, desigualdade, politica, movimentos sociais, mídia, são alguns temas que estarão constantemente sendo debatidos nesse blog.