Entrevista com Róger PeresA
RádioCom vem lutando pela sua legalização desde 2001. A repressão feita pela ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicação) juntamente com a Polícia Federal as rádios comunitárias preocupa os voluntários que não se cansam de lutar pelos direitos de uma sociedade que não tem voz nos meios de comunicação privados.
A polícia Federal junto a ANATEL montou uma mega operação para tirar do ar rádios comunitárias em Pelotas. Os órgãos de repressão alegam que as rádios prejudicam o controle aéreo. Mas para Roger Peres, um dos fundadores da radiocom isso não passa de interesse político. “Uma das grandes dificuldades para legalização é questão política, pois os meios de comunicação no Brasil se dizem neutros, mais assumem posição na defesa do capital, deixando os interesses da maioria de lado, privilegiando seus anunciantes. Quem tem grana é que comanda os grandes monopólios da comunicação no Brasil e no mundo. Para nós da Radiocom o problema é sempre POLÍTICO”. Afirmou Roger com tom de indignação.
Segundo ele a radio já é legitima perante a sociedade, pois sempre se comprometeu com a comunidade e com os movimentos sociais, apresenta uma programação de qualidade e preocupa-se com a questão cultural abrindo espaço para os artistas locais, o que garantiu o reconhecimento do veiculo pela população.
O que levou a RadioCom buscar a legalização?Roger Peres: Um dos motivos foi repressão. Nos últimos tempos a falta de política pública para a comunicação no Brasil, levou os órgãos repressores, como a ANATEL a Policia Federal e o Governo Federal, a tomarem atitudes que lembram os tempos mais sombrios do nosso país se utilizando de força bruta, efetuando prisões e ignorando o artigo 5º da constituição federal Brasileira, que fala no “direito a comunicação". Diante desse quadro obscuro para rádios comunitárias resolvemos pensar na legalização da rádio, para garantir o funcionamento e a integridade física dos componentes da rádio.
Em que estagio encontra-se o processo de legalização da Rádio?Roger Peres: Nosso processo de legalização caminha a passo de tartaruga, lento lento, quase parando.O pedido foi feito em 2001, mas no ritmo da burocracia de Brasília deve demorar mais um tempinho. Segundo as ultimas informações que recebemos, estamos esperando a reunião do conselho de segurança do Gabinete da Presidência.
O que muda caso a Radio conquiste a legalização?Roger Peres: Caso a Rádio seja legalizada, isso vai nos dar um pouco mais de segurança na questão da integridade física de nossos voluntários. Temos uma avaliação que estamos legitimados perante a comunidade devido a qualidade de nossa programação e por termos um compromisso com os movimentos sociais organizados na sociedade e sua luta justa por uma sociedade mais igualitária.Nosso comprometimento com a questão cultural , com os artistas locais, e com um projeto de comunicação pública, para maioria, nos legitimou .
essa edição. A conferência que teve inicio no dia 23 de março, com a participação do linguista e escritor Steven Pinker, foi aberta apenas para convidados. O publico em geral terá acesso as palestras apenas em agosto.
